Barba, cabelo e beijinho
Ja imaginou um salão de beleza masculino onde todas as atendentes ficam vestidas apenas com LINGERIE???
É isso mesmo!! seu sonho virou realidade!
Veja essa reportagem que eu li na Folha
Com cabelos loiros e nariz empinado, muito parecida com a atriz Charlize Theron, mas com a pele machucada e tatuagens coloridas desgastadas, Candy se aproxima usando uma camisolinha preta. E nada mais, nem por baixo.
É a regra do salão onde já trabalhava havia seis meses, em Denver, no Colorado, batizado de A Little off the Top -expressão que nos EUA se diz para o barbeiro quando se quer "tirar só um pouco da parte de cima". Aqui, um trocadilho com striptease.
- Sua cara está tensa. Vamos relaxar.
- OK.
- De que precisa hoje?
- Baixar a espessura da barba.
- OK, senta aqui.
Ela aponta para a cadeira de barbeiro. Em volta, outras duas camisolas rodopiam. Uma em torno de um rapaz rosado e obeso, de cabelo moicano, e outra de um quarentão negro, de chinelos. "Senta aqui, mas não rode. Eu rodo você."
E então Candy roda o cliente, 180 graus, e o posiciona diante do espelho. Três monitores de TV exibem canais de esportes e de celebridades.
"Vou pegar a máquina", diz ela, abaixando-se, sem flexionar os joelhos, para apanhar a lâmina. Sem desmanchar a posição, olha o cliente nos olhos.
Nos Estados Unidos, a prostituição não é permitida, mas não há problema legal em vender uma tirada de casquinha. E é isso o que os clientes fazem pelo salão: enquanto têm suas barbas (US$ 15) e cabelos aparados (US$ 25), fazem depilação (US$ 50) ou tiram sobrancelhas (US$ 30), ganham deslizadas de mãos de garotas de lingerie e oportunidades para observá-las.
Mal-interpretado
Na sala de espera, uma garota morena tatuada, de piercing no umbigo quase encoberto pelos pneuzinhos, conta que o lugar está aberto há mais de três anos. O proprietário não concede entrevistas desde que, segundo ela, foi "muito mal-interpretado" pela imprensa local. Mas investe em publicidade e comprou anúncio no guia oficial para políticos e jornalistas da Convenção Nacional do Partido Democrata, que lançou a candidatura de Barack Obama em setembro passado.
Do lado de fora, o lugar é muito simples, em imóvel de tijolos à vista no formato de caixote. Dentro, os sofás de couro sintético confortáveis abrigam fregueses costumeiros. "As pessoas gostam de vir aqui. Tem gente que vem sempre. Mas deixamos os limites bem claros. Não é um lugar para sexo", diz a atendente. As funcionárias não parecem tão enfáticas -talvez porque os clientes estejam estáticos como os bancos que os abrigam.
Com dentes clareados e os olhos tristes, Candy se vale de seu sorriso o tempo todo. Conta que veio do interior da Flórida, que odeia política, que não estava nem aí para as eleições presidenciais e que "ama" o que faz, sem mostrar muita convicção.
Algumas passadas de máquina três, e a barba está pronta, com algumas falhas. O cliente se levanta. Candy passa do lado esquerdo para o direito para pegar um pincel para limpar a camisa e pressiona o corpo contra (a favor?) do peitoral do cliente.
"Está pronto. Você gostou?", ela pergunta. A essa altura, o rapaz moicano está sem barba nenhuma, e os pés descalços estão de molho para o serviço de pedicuro.
O atendimento é selado com beijinho na bochecha e forte abraço, que não deixa dúvida sobre o silicone usado. "Sim, eu coloquei", confirma a moça, antes de um novo abraço para dar credibilidade ao que dissera.
Que coisa boa ne pessoal? agora sim temos motivo para pagar 50 reias num corte masculino x)
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